sábado, 10 de setembro de 2022

Na escola e na avenida, os nossos versos do dia a dia são repletos de poesia


     Na tarde do dia 08 de setembro de 2022, o autor do livro "Poemas do meu viver", Endrison dos Santos, desfilou no desfile cívico em alusão ao 7 de setembro realizado pelo Colégio Arca de Noé. Entre o poeta alto-rodriguense  estavam biografias de escritores consagrados como Vinicius de Moraes, Ruth Rocha, Cecília Meireles entre outros. Os alunos além da presença do escritor fruto da terra tiveram também a oportunidade de levarem para avenida, poemas do poeta como:


Meus domesticados


O meu cachorro
É um vira-lata
E o meu gato,
Autodidata.

O meu hamster
É o Théo José,
Um roedor
Meigo e sedutor.

Meu passarinho,
Um canarinho.
É bom de bola
E frequenta à escola.

Já o meu galo é o Briola
Que vive sempre a cantar,
Mas minha galinha,
A Francisquinha
Prefere tagarelar
Com a vizinha
Sem parar.

E tem a Íris,
O meu peixe
Arco-íris
Que adora
O Seu Alcides,
O meu Melanoides
Tuberculata.


Independência do Brasil


Há duzentos anos surgiu
a independência do Brasil!

Foi um Imperador que gritou...
às margens do Ipiranga ecoou
e num período de incerteza
o Brasil foi reinado pela realeza.

Há duzentos anos surgiu
A independência do Brasil!

O vento que avançava de Portugal,
agora tremula nossa bandeira
estampando um orgulho nacional
de cores vivas e de beleza brasileira.

Há duzentos anos surgiu
a independência do Brasil!

Viva o Brasil! E seus filhos adorados
desejando uma plena liberdade
Para um povo nutrido de bondade.

Há duzentos anos surgiu
a independência do Brasil!

Uma nação de terras continentais
que adoramos e não esquecemos jamais,
pois portamos no peito os nossos nobres ideais.


Lugar do meu viver


O Alto é o lugar do meu viver!
Berço de um filho amado
E terra que me viu crescer
Com muito amor edificado.

A história da minha cidade
É linda e fácil de aprender.
Herança do capitão Rodrigues 
Que aqui escolheu para viver.

Na fazenda do capitão
Foi surgindo um povoado
E aos poucos foi crescendo
Sendo município elevado.

No lugar onde vivemos
Tem um antigo casarão
Fruto da nossa história, 
Pois pertencia ao capitão.

No meu Alto do Rodrigues
Há muito esporte e lazer,
Cultura, fruticultura e royalties
Suficientes para gente viver.

Às margens do Piranhas-Açu
Sua beleza é uma fonte natural
Junto com a brisa da sua várzea
Que nos abraça de modo visceral.

Tudo aqui é muito cativante:
O pôr do sol é lindo e radiante!
Os filhos daqui são fascinantes!
E o poeta, dos versos, um amante!


Quem sou eu?


Quem sou eu?
Não sei!
Sou o que sente.
Sou aquele que sofre.
Sou aquele que chora.
Sou aquele que se alegra.
Sou aquele que sorri.
Sou criança quando posso.
Sou adulto sendo moço.
Sou lugar do ouro negro.
Sou pensamento.
Sou razão.
Afinal, quem sou eu?
Não sei!
Sou o amor,
pois ódio não sou.
Sou aquele que tem fome
de crescimento.
Aquele que tem sede
de viver.
Aquele que tem vontade
a todo tempo de amar.
Afinal, quem sou eu?
Talvez aquele
que muitos queriam ser
por causa do meu poder.
Meu passado foi
no cabresto.
Meu presente não
vivo na solidão.
Meu futuro…
crescer ou não crescer?
Eis a questão.


       Esses são apenas alguns de tantos outros poemas escritos pelo escritor fruto da nossa terra que vocês podem conferir no livro "Poemas do meu viver: autobiografia poética". 

        Questionado sobre a homenagem do Colégio Arca de Noé a convite da supervisora Verónica Leal, entre os grandes da literatura brasileira, o autor fruto da terra comentou que não se assustou com os "grandes" porque eles já foram pequenos e não se sentiu "pequeno", porque são os insensíveis que não são capazes de enxergarem o quanto ele é  "gigante". O poeta ainda falou que os escritores nascem na escola, já a poesia e os poetas em qualquer lugar!

Macimina Baracho

















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