Julio César defende a cobrança de Alexis Sánchez: goleiro conduz a
Seleção às quartas de final (Foto: AP)
Quatro
palavras, separadas em duas frases, resumem o que aconteceu neste sábado à
tarde no Mineirão. Primeiro, o que Júlio César disse a Thiago Silva, instantes
antes de o Brasil eliminar o Chile nas cobranças de pênalti, por 3 a 2, após
empate por 1 a 1 até o fim da prorrogação, e avançar para as quartas de final
da Copa do Mundo. Disse o camisa 12 ao capitão:
- Vou pegar.
E pegou. Julio Cesar
defendeu a cobrança de Pinilla, que chutou forte, mas no meio do gol. E em
seguida espalmou o chute de Alexis Sánchez. Não precisou pegar o chute de Jara,
que explodiu na trave e fez explodir o Mineirão. David Luiz, Marcelo e Neymar
marcaram. Felipão vibra com a vaga, Neymar e Thiago Silva, ao fundo, choram (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
A
segunda frase que explica o jogo nasceu no meio da prorrogação, no auge da
agonia, no ápice do sofrimento, quando quase não se respirava nas arquibancadas
e mal se pensava em campo. O Brasil sofria e fazia sofrer.
- Eu acredito!
Foi tamanho o nervosismo, o
sofrimento, que o Mineirão tratou de inventar um grito novo, jamais ouvido em
partidas do Brasil. E a Seleção lá é time no qual é preciso declarar fé?
Jara desvia de chilena, bola raspa na barriga de David Luiz e vai para o gol (Foto: Agência AP)