Alto do Rodrigues
Dos dias inolvidável da minha infância,
Dos carros de latinhas e da monareta que não tinha,
Nas velhas carnaubeiras, as brincadeiras de casinhas,
E o futebol de poeira com
os filhos das vizinhas.
Assu
Das ruas largas e compridas,
Bernardo Vieira que o diga,
Dos poetas expirados, apaixonados ...
Namorados de mãos dadas na praça Getúlio Vargas...
Pendências
Do hospital maternidade onde nasci,
Do camarão e do peixe frito na manteiga da terra,
Das pendências de cima, do meio e de baixo,
Da coalhada, do queijo e baião de dois.
Pendenciense
Dos professores polivalentes,
Merecidamente competente...
Formando muita gente na cidade das pendências.
Cidade hospitaleira, de um povo trabalhador.
Alto-rodriguense
Da minha primeira lágrima, meu primeiro amor,
Do meu primeiro beijo no escuro da pracinha,
Das travessuras de menino...
Da vida inocente que deixei para trás...
Assuense
Terra mãe, amada, que trago na memória,
E na alma a inspiração dos versos que faço agora...
No coração, meu amor por ti, desde outrora...
És e sempre serás o enredo da minha vida que me trouxe para o meu Alto me aproximando das Pendências.
(Macimina Baracho).
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